sexta-feira, 28 de agosto de 2009

A rainha sem coroa

Poderia ser decadente, poderia ser uma mendiga, poderia ser nada. Poderia ser só história ou invenção, mas não é assim.
Ela prefere erguer a cabeça e se chamar de dona do mundo, de filha do dono, ou mãe. Vive de bater cajados para abrir mares, faz milagres e chama a peste sem precisar estar barbada e por baixo da túnica sempre existe uma cinta liga. "É uma rainha diferente".

Pinta-se de preto, veste-se de preto, tem a pele branca e provoca inveja e cobiça. Sai por aí colecionando inimigos, nunca sabe onde está se enfiando e acaba se metendo em problemas sempre. "É uma rainha meio velha".
Gata como qualquer felino, felina como qualquer onça - como gosta de se considerar - e dessa maneira sai arranhando tudo o que cruza seu caminho. Por conta do seu comportamento agressivo torna-se bem difícil manter um relacionamento contínuo com ela.
Um dia você está dentro, outro dia é obrigado a ficar totalmente por fora. "É uma rainha explosiva".

Felinos possuem nove vidas, mas ela só tem 4. O resto ela já gastou com tudo que não é importante pra você, nem pra mim, mas é vital para ela. Passa o tempo maquinando uma melhor maneira de morrer... e não morre de jeito nenhum. "É uma rainha eterna".

Mesmo assim é chorona, fraca, indecisa, hipócrita, carente e solitária. Passa de um lado pro outro arrastando a ponta da espada no chão, mas na hora da batalha ela corre é pro escudo. Fica fugindo da realidade o tempo todo, pinta os olhos porque não tem coragem de olhar face to face para alguém com a cara limpa. "Não é rainha nenhuma".

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